Sem dúvida alguma o esporte é um fenômeno de grande repercussão midiática. Sua manifestação na atualidade – aquela manifestada pelos meios de comunicação – traduz todo um processo histórico de denominação e sobrepujança que última análise os menores envolvidos com certeza são os participantes – educandos; atletas; jogadores ou coisa que o valha. Nesta esteira, percebo as relações de poder se manifestando e determinando as condições deterministas em que os envolvidos devem participar e se ajustar. Rousseau (1999) afirmava que ceder pela força é apenas um ato de necessidade, e não um ato de vontade; seria, quando muito, um ato de prudência, ou seja, mesmo o mais forte nunca é suficientemente forte para ser sempre o amo, a não ser que transforme a força em direito, e a obediência em dever. Para Bobbio (1986) somente o poder pode criar direito, e somente o direito pode limitar o poder. Precisamos, inevitavelmente, observar se estas relações estão pautadas na força de um conhecimento supostamente superior, em uma arrogância de pseudo-autoridades – gestores corporativistas; patrocinadores sem escrúpulos; árbitros tendenciosos; técnicos maniqueístas; mídia unilateral; entre outros - ou em um direcionamento ideológico que preconiza perspectivas contemplativas individuais e autoritárias. Quando o esporte; sobretudo o local; será de todos e para todos de maneira equânime e participativa?
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