Pensando a Educação Física na atualidade!



Dentre os mais diversos momentos de nossas vidas sempre tem alguns acontecimentos que, deveras, marcam muito nossa condição de sujeito humano. Em meu caso, um desses acontecimentos foi quando resolvi desenvolver aquilo que desenvolvo até hoje, professor de Educação Física. Uma escolha sustentada na esteira esportiva, pois havia em minha família muitos exemplos de familiares que praticavam esportes, o que obviamente inclinou-me a buscar tal ofício e exercer o mesmo até os dias atuais. A lida de conciliar o esporte que praticava com os desígnios que a universidade, que o curso de Educação Física exigia era tranquila, tendo em vista a natureza coaduna entre as atividades exercidas naquele momento. Portanto, não via dificuldades ou empecilhos para a realização do meu curso. Sabia, no entanto, que meus colegas que não tinham bolsa de estudo tinham mais dificuldades, digo dificuldade financeira, pois no âmbito da perspectiva cognitiva era bem razoável vencer as etapas sugeridas pela universidade. Passados alguns anos do meu período discente, observo que estas facilidades estão mais prementes, e especulo, simplistamente, que possa ser em decorrência do aumento da oferta de cursos em Educação Física, recursos financeiros – bolsas de estudo – em maior escala, a mercantilização e banalização da categoria profissional, entre outros fatores não citados, mas que podem ser de igual importância nesse cenário.  Pois bem, quando me referi a mercantilização e banalização da categoria, estou sinalizando a necessidade de se pensar em um projeto para a Educação Física que pense inicialmente que condições materiais desenvolvemos a mesma e que posição ou em que patamar gostaríamos de estar em algum tempo. Na superficialidade da teoria/prática ou na solidez intelectual de uma proposta realmente humana e não mercantil? Pensemos...!

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