A manutenção do poder no ensino: processos formativos

O poder é sem sombra de dúvida uma das formas de exercer autoridade bastante reconhecida socialmente. Contudo, a primazia autoritária em que os indivíduos se apropriam para exercê-lo coloca o ser humano na esteira das vaidades, do egocentrismo, da arrogância e da prepotência que dificilmente aquele que atingiu tal posto consegue se desvincular. No âmbito do ensino superior estas vinculações explícitas e realizadas a qualquer custo se materializam entre diversos esteios, na elaboração das matrizes curriculares que visualizam a necessidade mercadológica da manutenção do capital, das agencias de fomento a pesquisa que provocam a produção avassaladora e sistemática de estudos deterministas, do vilipêndio aos professores com bases teóricas distanciadas dos modos hegemônicos de produzir conhecimento e da coerção implícita nas relações estabelecidas entre os pares desfavorecidos nesta condição de poder. Necessita, fundamentalmente, que se estabeleça um processo de formação equânime que considere as diversidades epistemológicas, teóricas, sociais, ou seja, em todos os âmbitos, para que assim tenhamos condições de desenvolver o ato da autonomia e da representação legitima da educação transformadora aos interesses do povo.

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