domingo, 10 de março de 2013

Minhas ignorâncias: a felicidade



A ideia de felicidade é bastante difusa. Alguns dizem que ela é transitória. Outros relatam que se dá numa constante sucessão de fatos e/ou acontecimentos e fenômenos de ordem subjetiva.
Pois bem, de certo é deveras de natureza ambígua e polissêmica e por bem dizer muito complexa.  Os ideais de felicidade de um modelo econômico que prima pela produção, acumulação e distribuição da riqueza parece trazer em si concepções de felicidade nas condições de consumo e na aquisição das coisas, objetivamente enquanto coisas sejam humanos ou não humanos ou algo sem suposta vida.
Neste ínterim, pessoas se transformam (conjectura) em coisas, ou seja, se identificam e solidificam o caráter fetichista da mercadoria; atestando este conceito marxista latente em dias atuais. Parece que todos aqueles que fogem a esta vertente persuasiva e diretiva estão a margem de uma sociedade que visualiza as coisas, como coisas.
Ao refletir sobre determinados temas, penso exclusivamente em sujeitos dispostos a pensar o mundo por outros olhares. Aqueles que fogem do fluxo contínuo e historicamente enraizado em nossos cérebros. Pensar o invisível parece ser uma tarefa difícil, e neste caso complicado. Afinal ao pensar não mais invisível, e sim possível de reflexões e contextualizações.
Portanto ao pensar felicidade, gostaria de compreender os ideais que nos levam a buscar freneticamente as coisas. Afinal penso que também busco, infelizmente, algum tipo de coisa. Todavia, busco aquela autonomia, ao menos em minha subjetividade, que seja possível de um sujeito pensante. Mesmo que aos olhos de muitos não sirva para nada, contudo serve, demasiadamente, para mim e para a minha felicidade. Esta sim distanciada de minhas conjecturas.

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