Ao sentar em uma mesa em bar para tomar um café, começo a pensar no quanto de vida que existe por detrás, ou pela frente do “mundinho
que vivo”. Constatações que iniciam pela observação de pessoas que destinam
seus momentos de diversão ao jogar “dominó, cartas entre outros jogos” e que se
propõem a busca de digressões das mazelas que a vida – uma explanação meramente
coloquial, pois a vida poderia ser reflexo de uma construção de ideias e atitudes,
o que levaria a não mais uma apresentação e sim a resultado ou consequência das
atividades subjetivas de cada ser, ou ainda de reflexos de natureza
historicamente produzidas - apresenta.
O que de fato
interessa a mim, e o (des) compromisso de socializar aquilo que mais nos
permite despojar-se das “polícias” que nos engaiolam e que me engaiola, por ser
um ser servilizado, ops!!! civilizado.
Ao me dar o
beneficio da observação não sistemática, fico emocionado ao ver que é possível,
ainda que de forma subjetiva e pseudo-autônoma, criar situações; acontecimento;
ou simplesmente “viagens” de libertação em espaços que não existem liberdade, a
saber: a sociedade civil organizada eheheh! De fato o que vejo traduz a ideia
de permissão de fazer “algumas” coisas que não são possíveis em ambientes de
outra natureza como feudos, castelos e instituições por exemplo.
Já dizia uma grande
amiga, e digo de passagem que nestas circunstâncias pactuamos da mesma
concepção de que a utopia é o motor pulsante de mobilizações das reações e das
transformações sociais, o que seria interpretar a busca, busca, busca e a busca
de algo; às vezes intangível, mas de ordem projetável, ainda que
longínquo.
E neste sentido, a
observação não sistemática favorece a interpretar os fenômenos despojados das
gaiolas epistemológicas na qual colocamos e somos colocados constantemente em
diversos momentos de nossa vida, portanto utopia caracterizando o desejo
incessante e deveras ‘lejos’ de alcançar algo que acredita, e em umas vezes
não.
Uma das vantagens
de exterminar os monstros que estão em meu armário e de relatar ou sinalizar em
palavras aquilo que penso sem a necessidade de me engaiolar em alguns pontos
fundantes, posso ser aquilo que sou em alguns momentos sem me preocupar em não
ser aquilo que sou diariamente, um personagem que às vezes gostaria de ser e
outras não.
Realmente uma
franqueza basilar que me consolida como um ser observador que pode ser
observado por si mesmo. Por isto disse em outros textos, este exercício
reflexivo permite um contato e convívio meta-analítico.
Neste bar somos
basicamente todos vulneráveis a observação, mas o legal é que não nos
preocupamos com isto, este momento se estabelece como um mero e raro momento de
diversão em tempos tecnológicos que podemos usufruir sem precisar “pagar”,
apenas usufruir.
Resumindo o texto:
é confortante a sensação ou a pseudoimpressão que somos livres nesta
organização social. Viva as condições subjetivas de autonomia, pois me acordam
todos os dias da minha vida. Aquela que produzo socialmente e às vezes se
apresenta a mim, eheheheheh!
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