quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Alguns monstros que estão em meu armário III

Ao sentar em uma mesa em bar para tomar um café, começo a pensar no quanto de vida que existe por detrás, ou pela frente do “mundinho que vivo”. Constatações que iniciam pela observação de pessoas que destinam seus momentos de diversão ao jogar “dominó, cartas entre outros jogos” e que se propõem a busca de digressões das mazelas que a vida – uma explanação meramente coloquial, pois a vida poderia ser reflexo de uma construção de ideias e atitudes, o que levaria a não mais uma apresentação e sim a resultado ou consequência das atividades subjetivas de cada ser, ou ainda de reflexos de natureza historicamente produzidas - apresenta.
O que de fato interessa a mim, e o (des) compromisso de socializar aquilo que mais nos permite despojar-se das “polícias” que nos engaiolam e que me engaiola, por ser um ser servilizado, ops!!! civilizado.
Ao me dar o beneficio da observação não sistemática, fico emocionado ao ver que é possível, ainda que de forma subjetiva e pseudo-autônoma, criar situações; acontecimento; ou simplesmente “viagens” de libertação em espaços que não existem liberdade, a saber: a sociedade civil organizada eheheh! De fato o que vejo traduz a ideia de permissão de fazer “algumas” coisas que não são possíveis em ambientes de outra natureza como feudos, castelos e instituições por exemplo.
Já dizia uma grande amiga, e digo de passagem que nestas circunstâncias pactuamos da mesma concepção de que a utopia é o motor pulsante de mobilizações das reações e das transformações sociais, o que seria interpretar a busca, busca, busca e a busca de algo; às vezes intangível, mas de ordem projetável, ainda que longínquo. 
E neste sentido, a observação não sistemática favorece a interpretar os fenômenos despojados das gaiolas epistemológicas na qual colocamos e somos colocados constantemente em diversos momentos de nossa vida, portanto utopia caracterizando o desejo incessante e deveras ‘lejos’ de alcançar algo que acredita, e em umas vezes não.
Uma das vantagens de exterminar os monstros que estão em meu armário e de relatar ou sinalizar em palavras aquilo que penso sem a necessidade de me engaiolar em alguns pontos fundantes, posso ser aquilo que sou em alguns momentos sem me preocupar em não ser aquilo que sou diariamente, um personagem que às vezes gostaria de ser e outras não.
Realmente uma franqueza basilar que me consolida como um ser observador que pode ser observado por si mesmo. Por isto disse em outros textos, este exercício reflexivo permite um contato e convívio meta-analítico.
Neste bar somos basicamente todos vulneráveis a observação, mas o legal é que não nos preocupamos com isto, este momento se estabelece como um mero e raro momento de diversão em tempos tecnológicos que podemos usufruir sem precisar “pagar”, apenas usufruir.
Resumindo o texto: é confortante a sensação ou a pseudoimpressão que somos livres nesta organização social. Viva as condições subjetivas de autonomia, pois me acordam todos os dias da minha vida. Aquela que produzo socialmente e às vezes se apresenta a mim, eheheheheh!


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