Estava aqui no alto de minha sublime ignorância tentando escrever algo para aqueles que partilham conhecimentos, sentimentos e, sobretudo cumplicidade comigo, e percebi que não consigo escrever algo digno e relevante neste momento.
Diante do reconhecimento de minha ignorância e da minha falta de palavras me aproprio das palavras de um grande pensador para socializar um pouquinho deste momento de vida sublime para mim, mesmo que Schopenhauer se decepcionasse com tais irrelevâncias.
Confiram um pouco de suas idéias,
Abraço a todos
Eduardo Cartier
Crítica e Auto-Crítica
Assim como o homem carrega o peso do próprio corpo sem o sentir, mas sente o de qualquer outro corpo que quer mover, também não nota os próprios defeitos e vícios, mas só os dos outros. Entretanto, cada um tem no seu próximo um espelho, no qual vê claramente os próprios vícios, defeitos, maus hábitos e repugnâncias de todo o tipo. Porém, na maioria das vezes, faz como o cão, que ladra diante do espelho por não saber que se vê a si mesmo, crendo ver outro cão.
Quem critica os outros trabalha em prol da sua própria melhoria. Portanto, quem tem a inclinação e o hábito de submeter secretamente a conduta dos outros, e em geral também as suas ações e omissões, a uma atenta e severa crítica, trabalha na verdade em prol da própria melhoria e do próprio aperfeiçoamento, pois possui o suficiente de justiça, ou de orgulho e vaidade, para evitar o que amiúde censura com tanto rigor.
Arthur Schopenhauer
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