A ideia de felicidade é bastante
difusa. Alguns dizem que ela é transitória. Outros relatam que se dá numa
constante sucessão de fatos e/ou acontecimentos e fenômenos de ordem subjetiva.
Pois bem, de certo é deveras de
natureza ambígua e polissêmica e por bem dizer muito complexa. Os ideais
de felicidade de um modelo econômico que prima pela produção, acumulação e
distribuição da riqueza parece trazer em si concepções de felicidade nas
condições de consumo e na aquisição das coisas, objetivamente enquanto coisas
sejam humanos ou não humanos ou algo sem suposta vida.
Neste ínterim, pessoas se
transformam (conjectura) em coisas, ou seja, se identificam e solidificam o
caráter fetichista da mercadoria; atestando este conceito marxista latente em
dias atuais. Parece que todos aqueles que fogem a esta vertente persuasiva e
diretiva estão a margem de uma sociedade que visualiza as coisas, como coisas.
Ao refletir sobre determinados
temas, penso exclusivamente em sujeitos dispostos a pensar o mundo por outros
olhares. Aqueles que fogem do fluxo contínuo e historicamente enraizado em
nossos cérebros. Pensar o invisível parece ser uma tarefa difícil, e neste caso
complicado. Afinal ao pensar não mais invisível, e sim possível de reflexões e
contextualizações.
Portanto ao pensar felicidade,
gostaria de compreender os ideais que nos levam a buscar freneticamente as
coisas. Afinal penso que também busco, infelizmente, algum tipo de coisa.
Todavia, busco aquela autonomia, ao menos em minha subjetividade, que seja
possível de um sujeito pensante. Mesmo que aos olhos de muitos não sirva para
nada, contudo serve, demasiadamente, para mim e para a minha felicidade. Esta
sim distanciada de minhas conjecturas.